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Fibrilação atrial: tratamentos e abordagens terapêuticas

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a fibrilação atrial (FA) acomete em torno de 2,5% da população mundial, correspondendo a, aproximadamente, 175 milhões de pessoas.

Como sabemos, trata-se de uma arritmia cardíaca causadora de várias outras enfermidades. Uma delas é o acidente vascular cerebral (AVC), que pode resultar na incapacidade total ou parcial do paciente e até mesmo na morte.

O que causa a fibrilação atrial (FA) ainda é desconhecido. No entanto, as pessoas pertencentes aos grupos de risco estão mais vulneráveis, tais como aquelas que possuem histórico familiar de doenças cardíacas, obesos, hipertensos e fumantes.

Vale lembrar, também, que essa enfermidade pode apresentar ou não sintomas, podendo ser diagnosticada por meio do eletrocardiograma (ECG). Mas, independentemente do estágio, é importante que o paciente receba um tratamento para a fibrilação atrial que lhe ofereça bem-estar e qualidade de vida.

Neste conteúdo, vamos versar sobre as principais abordagens para o tratamento da FA e apresentar uma das melhores tecnologias para sua detecção. Acompanhe!

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Fibrilação atrial: tratamentos e abordagens terapêuticas

Principais abordagens para o tratamento da FA

O tratamento da FA pode ser feito por meio de uma variedade de terapias, que incluem opções farmacológicas, procedimento de ablação por cateter, intervenções cirúrgicas e terapia de ressincronização cardíaca (TRC).

As terapias farmacológicas são tratamentos com medicamentos específicos que atuam sobre diferentes aspectos da função cardíaca, como o controle da frequência e do ritmo dos batimentos cardíacos. Geralmente, essas terapias são indicadas para pacientes com sintomas leves ou moderados da FA.

Neste caso, as abordagens incluem o uso de betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio, eventualmente digoxina ou combinações desses medicamentos.

Outra opção de tratamento é a ablação por cateter, que consiste em aplicar energia de radiofrequência ou laser diretamente sobre as áreas do coração que estão causando as irregularidades no ritmo cardíaco por meio de um procedimento invasivo semelhante a um cateterismo cardíaco. Essa técnica é indicada para pacientes com sintomas graves da FA e que não respondem bem aos medicamentos.

cardioversão elétrica é outra abordagem comum para o tratamento da FA, que consiste em aplicar corrente elétrica sob a forma de “choque” no coração do paciente para restabelecer o ritmo cardíaco normal. Essa técnica, utilizada apenas em ambiente hospitalar, geralmente em unidades cardiológicas intensivas ou semi-intensivas, é usualmente usada em casos agudos da FA.

Por fim, outras intervenções cirúrgicas podem ser indicadas em casos mais graves da FA, especialmente quando há certas doenças cardíacas associadas que causam ou perpetuam a arritmia. Por exemplo, pode ser necessário reparo cirúrgico ou mesmo a substituição da valva mitral em casos mais avançados. Contudo, não há forte documentação científica que mostre que a manutenção do ritmo sinusal é superior às estratégias de controle da frequência exclusivamente com a intervenção cirúrgica.

Terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e Marcapassos para pacientes com Fibrilação Atrial

Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC) é uma técnica que utiliza um dispositivo implantável para sincronizar as contrações do coração e melhorar a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. Existem diretrizes específicas para o uso da TRC em pacientes com FA, que incluem a monitorização contínua do ritmo cardíaco e a avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios da técnica para cada paciente.

Estudos sobre o uso da TRC em pacientes com FA têm mostrado resultados promissores, com redução significativa dos sintomas e melhora na qualidade de vida. Além disso, recomendações para o uso de marcapassos em pacientes com FA têm se mostrado uma opção segura e eficaz para a prevenção de complicações potencialmente graves, como o AVC.

Foto ilustrativa: Monitor implantável de eventos (“looper”) para diagnóstico de FA.

Para o diagnóstico preciso da FA, é necessário um acompanhamento cuidadoso e preciso do ritmo cardíaco do paciente ao longo do tempo. Nesse contexto, o monitor implantável de eventos, também conhecido como "Looper”, tem se destacado como uma ferramenta eficaz para a identificação da onda P e a análise da regularidade do ritmo ventricular – dois indicativos importantes para se definir a presença ou não de FA.

Entre as vantagens do Looper em relação às outras técnicas de diagnóstico, destaca-se a sua capacidade de monitorar o ritmo cardíaco do paciente continuamente, permitindo a detecção mais precisa e precoce de episódios de FA. Além disso, ele é compatível com a transmissão diária de informações sobre o ritmo cardíaco do paciente para monitoramento de forma remota, o que pode facilitar o acompanhamento clínico.

Por conta da sua eficácia comprovada para diagnóstico da FA, a Agência Nacional de Saúde (ANS) ampliou a cobertura obrigatória do Looper Implantável em 2021. Com a nova determinação da Agência, o procedimento está disponível para pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC) criptogênico ou ataque isquêmico transitório (AIT) com causa indeterminada e suspeita de fibrilação atrial.

Antes, a cobertura era obrigatória apenas para pacientes com histórico de pelo menos três síncopes de origem indeterminada nos últimos dois anos.

BIOMONITOR IIIm é um exemplo de Looper Implantável com eficiência e precisão comprovadas pela ciência. Convidamos você a baixar nosso e-book sobre o BIOMONITOR IIIm.

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