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Doença arterial periférica: conheça os sintomas e tratamento

Confira, neste artigo, alguns fatores de risco para desenvolver a doença arterial periférica e a diferença entre doença arterial periférica e outras doenças cardiovasculares.

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doença arterial periférica está entre as doenças vasculares mais comuns. Ela afeta a circulação sanguínea nos membros, causando dor e outras consequências mais graves. 

Uma parte significativa das pessoas acometidas pela doença é idosa: aproximadamente 20% dos pacientes têm mais de 65 anos. No entanto, a idade avançada não é o único fator de risco para essa condição, pois ela pode afetar pessoas de todas as idades. 

O principal sintoma é a dor, mas, muitas vezes, a doença progride sem dar nenhum sinal. Isso pode fazer com que o indivíduo demore a procurar ajuda de um profissional e perca qualidade de vida. 

Neste artigo, vamos explorar os fatores de risco que podem causar insuficiência arterial, além dos principais sintomas da doença arterial periférica. Você também vai ver quais são os métodos de tratamento existentes. 

O que é a doença arterial periférica?

Na doença arterial periférica (DAP), a circulação do sangue nos membros inferiores é prejudicada devido ao estreitamento e/ou oclusão das artérias. Também é conhecida como obstrução arterial crônica ou doença vascular periférica.

Em artérias periféricas saudáveis, o sangue flui sem obstrução, fornecendo oxigênio e nutrientes para membros e órgãos.

O depósito de placas de gordura ou colesterol nesses vasos corta esse fluxo, o que pode causar dor ao caminhar. Em última instância, a falta de oxigênio pode levar à amputação do membro se não houver tratamento.

Alguns fatores de risco estão relacionados ao acúmulo de placas e consequente perda de flexibilidade nas paredes dos vasos. São eles:

  • Envelhecimento;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial;
  • Colesterol elevado;
  • Sedentarismo;
  • História familiar de aterosclerose;
  • Tabagismo (incluindo tabagismo passivo);
  • Homens são mais propensos à DAP.

É importante apontar o quanto a obstrução dos vasos é perigosa e pode ter consequências graves. As pessoas com DAP têm risco 60% maior de ter obstruções nas artérias que levam sangue para o coração e o cérebro, o que pode levar ao infarto e ao AVC.

Sintomas da doença arterial periférica

É preciso ter muita atenção com os fatores de risco, pois a doença arterial periférica pode progredir de forma assintomática em até 80% dos casos. Nos estágios iniciais, o paciente pode apresentar poucos ou nenhum sintoma durante longos períodos.

Em seu estágio mais leve, a DAP não costuma desencadear nenhum sinal e cerca de 20% dos pacientes são assintomáticos. A falta de sintomas em algumas pessoas ocorre porque elas não são suficientemente ativas para provocar a isquemia (baixo fluxo sanguíneo) do membro inferior.

Conforme as placas vão se acumulando nas artérias, os primeiros sintomas se manifestam. O primeiro é a claudicação intermitente, caracterizada por dor e queimação após realizar atividades físicas, mesmo que de leve intensidade. Normalmente a dor surge na panturrilha, coxas ou nádegas, e só passa quando o paciente para de realizar a atividade.

À medida que a DAP se agrava, a claudicação intermitente torna-se mais frequente e a caminhada do paciente fica cada vez mais difícil. Em casos mais graves, ela aparece mesmo quando a pessoa está em repouso.

Outros sintomas mais graves incluem:

  • Sensação de fadiga nas pernas;
  • Perda de pelos nas pernas;
  • Unhas dos pés enfraquecidas;
  • Crescimento lento das unhas e pelos;
  • Sensação de formigamento e frieza nos pés;
  • Coloração mais esbranquiçada dos membros inferiores;
  • Infecções constantes nos pés;
  • Sudorese excessiva;
  • Cianose;
  • Dor nos quadris;
  • Disfunção erétil.

Em seu estágio mais avançado, podem surgir úlceras circundadas por tecido necrótico escuro (gangrena seca). Essas feridas são de difícil cicatrização, mas, com a realização de uma revascularização, elas podem curar.

Diagnóstico da DAP

doença arterial periférica pode demorar a ser identificada quando os pacientes não são ativos o suficiente ou apresentam sintomas atípicosEntão, o diagnóstico é confirmado por meio de exames não invasivos.

índice tornozelo-braquial é um exame clínico que compara a pressão arterial nos braços e nas pernas. Isso porque a obstrução nos vasos dos membros inferiores afeta a pressão nesses locais.

Também é possível utilizar a ultrassonografia com Doppler para auxiliar no diagnóstico e avaliar a gravidade da DAP. Ele permite a visualização da circulação dos vasos sanguíneos e do fluxo de sangue no corpo.

Já a angiografia é um pré-requisito para a realização da angioplastia transluminal percutânea (ATP), a cirurgia de correção do problema. O exame radiográfico mostra o local e a extensão das oclusões arteriais.

Tratamento e prevenção da DAP

Todos os tratamentos para doença arterial periférica exigem a mudança do estilo de vida do paciente para controlar os fatores de risco. Ter uma alimentação saudável, perder peso, controlar a pressão e, principalmente, parar de fumar são essenciais para a melhora do quadro de DAP.

Também existem medicamentos para doença arterial periférica. Eles podem aliviar as dores, evitar a piora das obstruções e permitir que o paciente caminhe por mais tempo. Os remédios também servem para controlar problemas de saúde associados à DAP (hipertensão, diabetes e etc.) e que podem agravar o quadro da doença.

Outros tipos de tratamentos dependem do estágio da doença em que o paciente se encontra. Os casos mais avançados, por exemplo, podem exigir cirurgias.

Quando há risco iminente de perda do membro ou falha de tratamento clínico por pelo menos seis meses, é indicado o tratamento cirúrgico. O procedimento tem como objetivo aliviar os sintomas, cicatrizar as úlceras e evitar a amputação.

As cirurgias podem ser:

  • Tromboendarterectomia;
  • Revascularização;
  • Simpatectomia;
  • Amputação.

Alguns pacientes têm risco de perder o membro, mas não estão aptos à cirurgia. Essas pessoas podem passar por uma terapia de compressão externa para aumentar o fluxo sanguíneo do membro doente.

Por fim, temos a angioplastia transluminal percutânea (ATP) com implante de stent, um método não cirúrgico de dilatação das artérias. O stent mantém a artéria aberta para que o sangue corra livremente. Seu uso é mais adequado em artérias de grande calibre e fluxo sanguíneo elevado.

O tratamento mais indicado depende, claro, de cada paciente. Por isso, o ideal é contar com especialistas em doença arterial periférica para acompanhar o caso de perto. Dessa forma, as medicações e os procedimentos serão prescritos corretamente conforme os sintomas e a gravidade da condição.

Sobre a BIOTRONIK

A BIOTRONIK é uma empresa líder mundial em tecnologia médica com produtos e serviços que salvam e melhoram as vidas de milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares. Impulsionados por um propósito de combinar, com perfeição, a tecnologia ao corpo humano, somos uma empresa dedicada à inovação, que desenvolve soluções cardiovasculares, endovasculares e neuromodulação confiáveis. A BIOTRONIK está sediada em Berlim, na Alemanha, e está presente em mais de 100 países.